Eis o spread do texto que publiquei na LER deste mês sobre Robert Massin e a propósito da visita deste a Lisboa em Março, para uma conferência nas Jornadas Cantianas. Tenho de saudar o editor João Pombeiro pelo simples facto de ter aceite a proposta do texto e, finalmente, a sua publicação, apesar de um contexto muito nacional em que os livros se vêem apenas como emanações da criatividade e vontade dos “autores” (sobretudo os literários) e não como produtos de um trabalho colectivo em que outras aportações são tão ou mais importantes do que a autoral propriamente dita. Detalhe acertado (e inesperado) de Rui Leitão no tratamento da foto que fiz a Massin, puxando-lhe o contraste ao máximo até a aproximar das imagens que o fotógrafo Henry Cohen produziu para a edição de 1965 da Cantatrice Chauve de Ionesco.
Salva-se assim, através da LER, a imprensa cultural portuguesa, que, na sua generalidade, deixou Massin andar por aí sem o incomodar sequer com uma ou duas perguntas… Publicarei em breve a entrevista que lhe fiz e que serviu como uma das bases de consulta para o texto (juntamente com a monografia incontornável de Laetitia Wolff publicada pela Phaidon e as memórias de Massin, Journal en Désordre 1945-1995, publicadas pela Robert Laffont). A foto em baixo foi tirada por mim a 17 de Março, junto às instalações da Oporto em Lisboa (ao Miradouro de Santa Catarina).
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