Alguns frames e registo (filmado pelo Luís Rodrigues, a quem agradeço) da sessão da passada Quinta-feira, 21 de Maio, na Sociedade Guilherme Cossoul em Lisboa, em que, comigo e com o editor Vitor Silva Tavares na mesa, se lembrou e homenageou o editor Fernando Ribeiro de Mello (1941-1992) e a sua Afrodite, de cujo arranque se cumprem 50 anos por esta altura. A hora e meia da gravação foi ultrapassada em vinte minutos pela conversa, que correu muito bem e com o espaço do bar à pinha (cheguei a ver gente em pé junto ao balcão), mas o essencial está aqui preservado. Mais do que uma oportunidade para revelar detalhes de Editor Contra, o livro que preparo sobre a Afrodite, o que me parece mais mais digno de nota é que se tratou, se não estou em erro (e creio bem não estar, até pelo que me contou o próprio Vitor Silva Tavares), da primeira sessão pública de homenagem e evocação a uma das figuras mais emblemáticas de uma certa Lisboa ligada aos livros do último meio século, isto mais 23 anos após a sua morte, o que, bem vistas as coisas, até não surpreende tanto assim numa cidade que entrega bibliotecas municipais à gestão de juntas de freguesia e mantém encerrada mais de dois anos (e sem reabertura conhecida) uma importantíssima hemeroteca (cujo regime maravilhosamente liberal de consulta me permitiu aceder fácil e rapidamente a muitos e importantes registos de imprensa, coisa que, hoje, seria de todo impossível). Agradecimentos aos livreiros Ricardo Ribeiro, Débora Figueiredo e Fábio Daniel, e à direcção da Guilherme Cossoul.