Receba o último “livro contra” do “editor contra”, 40 anos depois: oferta de um exemplar de O PEQUENO LIVRO VERMELHO DO ESTUDANTE de Soren Hansen e Jesper Jansen (Afrodite, 1977) na compra de um exemplar do EDITOR CONTRA no site Montag (com 15% de desconto).
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Primeira de seis partes do documentário “The Book That Shook The World” (2007) sobre o escândalo da publicação do PEQUENO LIVRO VERMELHO DO ESTUDANTE na Austrália e noutros países, no início dos anos 70.
«Publicado originalmente na Dinamarca em 1969, o livro tornou-se numa cause célèbre e deixou um trilho de polémica por alguns dos países onde foi depois traduzido e publicado: em 1970, é proibido na Suíça e em Itália; em Inglaterra, a editora Stage 1 viu em 1971 a sua edição apreendida por motivos de posse de material obsceno para venda e foi processada e condenada (Margaret Thatcher, ministra da Educação no governo conservador de Edward Heath, foi determinante no processo), sendo apenas autorizada depois uma edição censurada; no mesmo ano, em França, François Maspero vê também a sua edição ser apreendida; em 1972, na Austrália, o furor pela sua publicação quase provoca uma crise política; mesmo na Espanha pós-franquista, em 1979, a primeira edição não clandestina causará polémica e levará o seu editor aos tribunais. Fruto da vaga experimental e liberal que varrera a Escandinávia nos anos 60, com um título obviamente inspirado no Pequeno Livro Vermelho de Mao Tsé-Tung e organizado rigorosamente por temas de interesse a estudantes liceais, o livro funcionava como um guia, mas diferia dos outros guias do género na linguagem directa e na liberalidade do tratamento de assuntos como o sexo, as drogas e a relação com a autoridade (o delicado trabalho de adaptar alguns detalhes à realidade portuguesa de 1977 coube a Maria Alberta Menéres e Orquídea Martins). Volume compacto, do tamanho de um livro de bolso (como o bolso da pasta escolar desenhado na feliz capa anónima), lançado mesmo no início do ano lectivo, era uma pequena edição notável de oportunidade e pertinência, e, sobretudo, um livro que, no catálogo da Afrodite desses anos, complica a classificação do seu editor como alguém “de direita”: retrospectivamente, mais do que do Mein Kampf e dos livros anti–soviéticos ou das “novas direitas”, Ribeiro de Mello devia ser hoje recordado como o editor que, na sua fase final e “decadente”, publicou o Pequeno Livro Vermelho do Estudante em Portugal.»
(EDITOR CONTRA, pp. 217-218)