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Apresentação da segunda edição de “Olhar de Editor” de Serafim Ferreira

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Dia 19 de Janeiro (Sábado), pelas 16:00 horas, será apresentada na Biblioteca Pública Municipal do Porto a segunda edição de OLHAR DE EDITOR de Serafim Ferreira (que pode ser comprado aqui), com a presença de José Viale Moutinho, no contexto da exposição “Editor de Vanguardas: Fernando Ribeiro de Mello e a Afrodite” que se encontra aberta na mesma Biblioteca até 31 de Janeiro.

Biblioteca Pública Municipal do Porto
Rua D. João IV, 17 (ao Jardim de S. Lázaro)
Tel. 225193480  |  bpmp@cm-porto.pt

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Exposição “Editor de Vanguardas” no Porto

Algumas imagens da exposição Editor de Vanguardas: Fernando Ribeiro de Mello e a Afrodite na Biblioteca Municipal do Porto (ao jardim de São Lázaro), de que sou comissário e que encerrará a 31 de Janeiro de 2019. Aproveitarei para fazer aí e nesse mês a apresentação da segunda edição de Olhar de Editor de Serafim Ferreira, vinte anos depois da primeira. Durante a exposição, estão à venda na loja da biblioteca exemplares de Editor Contra e Portugal em Sade, Sade em Portugal, edições Montag.

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“Um objecto e seus discursos”: o(s) Sade(s) da Afrodite no Porto

Sábado, dia 27, imediatamente antes da inauguração da exposição “Editor de Vanguardas” dedicada a Fernando Ribeiro de Mello e à Afrodite na Biblioteca Municipal do Porto, estarei à conversa com Nuno Amorim sobre estas duas edições de Sade publicadas pela Afrodite, sobre o que correu mal na primeira (quase tudo, como contei em PORTUGAL EM SADE, SADE EM PORTUGAL) e o que fez da segunda um livro tão memorável (e o que faltou para ser ainda mais). Moderação de Guilherme Blanc.
Nuno Amorim é, com Eduardo Batarda, o sobrevivente da montanha-russa que foi a carreira da Afrodite na década de 1970, colaborando com o editor desde a célebre sessão da banheira em 1971 até ao fim da linha, o que incluiu algumas excelentes ilustrações pelo meio, como no Manual dos Inquisidores, no Super Macho de Jarry e em O Sexo na Moderna Ficção Científica. Será, se não estou em erro, a primeira vez que se falará em público sobre o “Dali de Lisboa” na sua cidade natal, o Porto. Sujeito a inscrição prévia
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Manta 90/40 na Galeria Valbom

Algumas imagens da exposição MANTA 90/40, que inaugurou na Galeria Valbom no passado dia 29 de Setembro e que estará aberta ao público até dia 10 de Novembro. Haverá uma visita guiada no dia 13 de Outubro. Entrada gratuita. Os meus agradecimentos ao excelente trabalho da galeria na montagem desta exposição: Teresa Neto, Luís Ginja e os proprietários, Adélio e Lourenço Soares.

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Manta 90/40

Abre no dia 29 de Setembro, Sábado, na Galeria Valbom em Lisboa a exposição MANTA 90/40, dedicada à comemoração dos 90 anos de João Abel Manta e aos 40 anos da edição de Caricaturas Portuguesas dos Anos de Salazar, a sua obra-prima. Sou o curador científico da exposição e o responsável pelo design do livro/catálogo, publicado pela galeria e pela Caleidoscópio, que inclui também dois textos meus. Está aberta até 10 de Novembro.

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Algum (necessário) contexto cubano

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Ainda sobre a muito importante exposição na galeria ZDB de cartazes cubanos da OSPAAAL e de alguns exemplares do órgão desta agência de propaganda, a Tricontinental, eis um exemplo do material de “contexto” que, como escrevi antes, creio que falta a essa exposição. Trata-se do número da revista Cuba Internacional de Novembro de 1972, onde se publicou um artigo sobre a escolha do vencedor do 5.º Salão Nacional de Cartazes. Como membro do júri estava o que era já então considerado um dos mais proeminentes designers cubanos, e precisamente o director de arte da Tricontinental (sê-lo-ia até 1975), Alfredo Rostgaard (1943-2004), responsável por muitas das melhores peças que estão expostas na ZDB (e muitas das que não estão). É um artigo interessante, até na surpresa do tom moderado e sereno com que se analisa a suposta existência de uma “escola cubana” do cartaz (algo que, hoje, é quase indiscutível, sobretudo no período que vai de 1959 a finais dos anos 70), concluindo o autor que, apesar da qualidade da produção, os cartazes feitos da ilha constituiriam mais uma “síntese” e um ponto de “confluência” das influências polaca, japonesa e americana.

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Rostgaard, cuja obra, em 1972, exposições internacionais em Londres e Amesterdão tinham já dado a conhecer, chegou a gravar em 2001 um depoimento sobre essa “escola cubana” e em particular sobre o trabalho para a Tricontinental, incluindo os inúmeros cartazes que, dobrados, seguiam dentro dos exemplares da revista enviados para todo o mundo. As suas observações sobre a produção desses cartazes são riquíssimas de detalhe técnico.

Seria conteúdo deste calibre que, como material de contextualização, teria, na minha modesta opinião, dado mais profundidade à exposição na ZDB se tivesse sido posto à disposição dos visitantes, até mesmo a reprodução dos textos de Edmundo Desnoes sobre a questão da estética gráfica cubana do período revolucionário (como o que foi publicado no catálogo da exposição no Stedelijk em 1971) e o seu cotejo com as escolas de referência como a polaca (um curto texto publicado na revista cubana Diseño em 1970).

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[Nota paralela, e prova da tangente que esta produção de propaganda política cubana fez à história portuguesa no contexto na Guerra Colonial (o que apenas confere uma importância acrescida a esta mostra): antevendo o Ano Internacional do Livro (que este número de Novembro desse ano comemora precisamente), um artigo de um número do final de 1971 da Cuba sobre a situação da edição e da leitura na ilha fora transcrito pelo Notícias da Amadora para ser publicado no dia 8 de Janeiro de 1972, o que o Exame Prévio não autorizou, cortando-o na totalidade.]

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Chegam os cubanos

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Seis anos depois da excelente exposição dedicada ao trabalho de Emory Douglas para o Black Panther Party, a galeria ZDB (Zé dos Bois) em Lisboa entra de cabeça na divulgação do quase inesgotável manancial da propaganda cubana, no caso para a agência OSPAAAL (Organización de Solidaridad de los Pueblos de África, Asia y América Latina) entre 1960 e 1980, o pico da influência político-militar cubana no terceiro mundo, na qual a qualidade desta propaganda teve um papel não despiciendo.

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Se a ligação de uma para outra exposição é lógica e pertinente (Douglas fez alguns belos cartazes para a OSPAAAL, sendo o único designer/artista gráfico norte-americano convidado para tal), e o singelo e arejado espaço da ZBD volta a ser bem aproveitado para fazer brilhar estas peças, há pequenas coisas que, creio, não se pode deixar passar no caso de uma exposição que, como esta (e ao contrário da de há seis anos), se insere numa programação cultural oficial, num destes “eventos” já ubíquos por toda a Lisboa e durante todo o ano, no caso o da Capital Ibero-americana de Cultura 2017. Não há qualquer informação escrita junto às peças (o orçamento disponível – que não creio ter sido baixo, dados os apoios que o cartaz anuncia – não deu para umas legendas em vinil na parede e em papel nas vitrinas?), e a folha de exposição tem muito pouca. Não há nem uma reprodução de um destes cartazes à disposição do visitante para comprar e levar para casa (e se há cartazes que foram feitos para serem “levados” e disseminados são estes). Faltaram à chamada cartazes histórica e esteticamente importantes, como o do “Dia da Guerrilha Heróica” de Elena Serrano (1968), o “Cristo guerrillero” de Alfredo Rostgaard (1969) ou um dos cartazes de Olivio Martínez para a campanha da colheita dos 10 milhões de toneladas de cana de açúcar (1970). Para além dos exemplares da Tricontinental, nem um livro ou exemplar de outras revistas ou jornais cubanos do período (Bohemia, Cuba, o influente suplemento cultural “Lunes de Revolucion” do jornal Revolución, etc) que contextualizasse esta produção. Nem uma fotografia dos artistas gráficos durante aqueles anos (alguns dos quais, é certo, saíram de Cuba e poderão ter-se tornado “personae non gratae”), ou dos seus ateliers, ou das gráficas, tanto em offset (um luxo em Cuba por então, reservado quase em exclusivo para estes cartazes de propaganda internacionalista) como em serigrafia, e de quem lá trabalhava. (Caso a ZDB queira e consiga repetir a proeza com os cartazes do ICAIC – o pináculo da escola gráfica de Cuba –  espera-se, pelo menos, que corrija o que ficou apontado atrás.)

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De resto, a exposição vale mesmo pela beleza destas peças (com uma surpresa pelo meio: a maqueta de um painel “tridimensional”), entre o aparente “naif” e o sofisticado (alguma da melhor arte Pop e mesmo psicadélica dos anos 60 foi produzida em Cuba), feitas com poucos meios ou quase nenhuns e a milhas de distância pastoso “realismo socialista” que a China e a URSS impunham como estilo de representação visual na propaganda impressa nos países da sua esfera de influência (em Testimonios del Diseño Gráfico cubano 1959-1974, uma edição de 2010 coordenada por Hector Valverde, César Mazola Álvarez conta que uma exposição de cartazes e livros cubanos que estava para ser inaugurada em 1969 em Tirana, capital da Albânia, “no se pudo montar porque el país receptor determinó que los carteles y libros no eran representativos del realismo socialista”). Quase cinquenta anos depois da “descoberta” dos cartazes cubanos em Londres, numa exposição na Ewan Phillips Gallery em 1968 (tendo o museu Victoria and Albert arrebanhado imediatamente todo o conteúdo da mesma, o que explica, por exemplo, que do livro de John Barnicoat de 1970 Posters: A Concise History, da colecção “World of Art” da Thames and Hudson, constasse já a reprodução de um cartaz cubano), a ZDB trouxe finalmente (e não digo pela primeira vez porque não sei se é de facto) uma parte de leão da “grafica cubana” a Portugal com uma exposição de material importante (até historicamente, dado o envolvimento de Cuba nas lutas de libertação nas ex-colónias portuguesas: Angola, Moçambique, Guiné e a figura de Amílcar Cabral, por exemplo, foram o objecto de muitos destes cartazes).

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