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Sobre João da Câmara Leme, entre o fácil e o difícil

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Um amabilíssimo (e inesperado) convite do Jorge Silva há 3 anos para escrever um pequeno prefácio para o volume da Colecção D dedicado a João da Câmara Leme desembocou, finalmente, na apresentação do mesmo no dia 5 de Maio, na Biblioteca da INCM em Lisboa, na qual estive “na mesa”, junto ao responsável pela Silvadesigners!, o Dr. Duarte Azinheira (director da unidade de publicações da INCM) e o Dr. Rui Carp (presidente do Conselho de Administração da INCM). Depois da excelente introdução deste último (que entrou logo no terreno nostálgico e sentimental a que os trabalhos aqui reproduzidos remetem), comecei precisamente por me atirar de cabeça a essa contradição de ser “fácil” escrever ou falar sobre Câmara Leme e, ao mesmo tempo, “difícil” (ecoando um curiosíssimo paradoxo que este portefólio salienta: o de um capista tão dado aos jogos lúdicos formais, tão próximo, em certos casos, da abstração, ter sido também capaz de criar imagens icónicas para capas de livros de autores neo-realistas, conseguindo escapar incólume a essa guerra entre “formalistas” e “conteudistas”, agradando a ambos).

Se essa facilidade deriva da beleza e da harmonia de muitas destas peças gráficas (que, na verdade, pedem mais silêncio contemplador e fruidor do que verborreia), a dificuldade, quanto a mim, na altura de escrever esse texto, estava no facto de, apesar de ser um designer que morrera muito novo e há muito tempo (em 1983, com 53 anos), de ter andado os últimos dez anos da sua vida arredado da fama que recolhera durante a década de 1960 e, depois de morto, continuar, aparentemente, arredado do interesse dos exegetas (e o facto de este volume ser a primeira monografia que lhe é dedicada é prova cabal disso), apesar disso tudo, dizia, eu sentia e sabia que a vida e, sobretudo, a obra de João da Câmara Leme era um foco de paixões de muita gente, paixões que radicavam não apenas nesse rico solo de memórias da chegada dos primeiros livros às infâncias e adolescências de milhares de portugueses (o ubíquo Figuras e Figuronas, qualquer exemplar da “Biblioteca dos Rapazes” da Portugália – da qual um exemplar do Moby Dick me veio parar às mãos no final dos anos 70 – etc), mas também na admiração profissional, a começar na do meu “encomendador”: ouvir o Jorge Silva a falar sobre João da Câmara Leme não deixa qualquer dúvida acerca disso (não posso também deixar de referir um notável testemunho inédito de Henrique Cayatte que pude ler na preparação do texto, onde a mesma paixão e admiração são notórias, a que se acrescenta uma proximidade afectiva com Câmara Leme).

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Devo confessar, aliás, que se há algo de que não me arrependo no trabalho desta edição é de ter dito “não” quando o Jorge Silva me pediu que escrevesse mais três legendas, sugerindo-lhe antes que, dada essa sua óbvia e antiga paixão pela obra do designer, e as qualidades de escrita que ele vinha demonstrando no “Almanaque Silva”, fosse ele a escrevê-las: daria ao livro uma maior modulação de estilo e, sobretudo, daria aos leitores o mesmo prazer que, pelo menos, eu sentia a ler os textos concisos e precisos do “Almanaque” (uma concisão e precisão que pudemos também testemunhar no seu depoimento na Terça-feira). Decisão arriscada, suicida, de um tipo que devia ter agradecido aos deuses uma tão rara oportunidade como esta em vez de andar a esticar a corda, dirão. Certo. Mas os leitores deste volume, os que já o leram, sabem que não podia ser de outra forma.

De resto, houve tempo para reforçar o que deixei exposto no prefácio: o facto de que um portefólio destes, raríssimo em qualquer país, não se faz por geração espontânea ou num vácuo estético, mas é antes fruto de uma relação, quando não de uma dialética complexa e diária entre um designer e um encomendador, e que, quando este tem as qualidades de Agostinho Fernandes, o todo-poderoso proprietário da Portugália, pode muito bem acontecer uma década de trabalho intensivo e prodigioso como a que este livrinho documenta. Fernandes, que encomendara já serviço ao melhor capista em Portugal na década de 30 e 40, o suíço Fred Kradolfer, e convivera com a nata do Modernismo português, era um cliente erudito e experiente, certamente muito exigente, e mantê-lo satisfeito durante mais de 10 anos com um trabalho que ia das ilustrações infantis às capas dos ubíquos livros de bolso é um feito de feições hercúleas. Que alguém tão modesto, tão pacato, tão “contido”, quase invisível (se o compararmos o seu com o portefólio ecléctico dos seus companheiros de geração Sebastião Rodrigues ou Victor Palla), de uma modéstia quase artesanal, tenha conseguido fazê-lo é algo não menos digno de espanto. Nisso, na capacidade de levar às costas anos a fio toda a imagem gráfica de uma editora de prestígio, Câmara Leme está na mesma liga de contemporâneos como Albe Steiner da Feltrinelli, Celestino Piatti da alemã DTV ou Roy Kuhlman da Grove Press. Mais de 30 anos depois da sua morte, há finalmente um livro para o provar.

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Apresentação de “João da Câmara Leme” na Colecção D

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Mais contida na quantidade de lançamentos anuais (a crise assim o obriga e a todos), a Colecção D da INCM (orientada e editada por Jorge Silva da Silvadesigners!) voltou com um dos designers e capistas “clássicos” mais esquecidos em livro, João da Câmara Leme (1930-1983). Como afirmo no pequenino texto de introdução, e dada a sua importância como capista e ilustrador e a sua ligação a uma das melhores editoras nacionais ao longo da década “crucial” de 1960 (a Portugália de Agostinho Fernandes, o todo-poderoso homem de negócios mas também erudito financiador da Contemporânea de José Pacheko e coleccionador de Almada), é incrível que este nono volume da colecção seja a primeira monografia que lhe é dedicada. Só por esse facto, e pela beleza das capas, ilustrações e outro material reproduzido, este será certamente um dos mais importantes livros da colecção.
Fruto de um destes acasos e sortes que ainda ocorrem, o muito amável convite que o Jorge Silva me fez deu nesse pequeno texto de introdução em que tentei lembrar que um grande designer não aparece por geração espontânea, dependendo antes das circunstâncias e, sobretudo, da relação com certos clientes, sendo que a relação Câmara Leme/Fernandes foi uma dessas relações que deu frutos a ambas as partes e à qual o designer deve o seu enorme e excelente portefólio de capista e ilustrador ao longo daquela década.

A apresentação é no dia 5 de Maio na Biblioteca da INCM em Lisboa (Casa da Moeda, Rua da Escola Politécnica, 135), às 18:30 horas.

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Modernidade alegre

Com mais um volume dedicado a um histórico do design gráfico português, o polivalente Paulo-Guilherme, a Colecção D da INCM afirma-se, neste momento de crise, como a única tábua de salvação e base de divulgação de um património visual que em Portugal tem sido esquecido.

Paulo-Guilherme (d’Eça Leal) morreu com 78 anos em 2010, no pico da “consagração” de Luiz Pacheco que se seguiu à morte deste. Pois nem um artigo de jornal lembrou então que fora a ele que Pacheco recorrera no arranque da sua Contraponto: era dele o logótipo da editora. Perdera-se a oportunidade de perguntar ao “grafista” sobre esse outro lado mais visual do Pacheco editor. Ainda que não cubra muito território dessa colaboração, este volume da Colecção D da INCM dedicado à obra gráfica de Paulo-Guilherme vem sem dúvida compensar esse silêncio e essa injustiça.

Filho “rebelde” de Olavo d’Eça Leal (1908-1976), que fora homem de vários ofícios (escritor, desenhador, cineasta, bailarino, publicitário) e biografia romanesca, colaborador da Presença e uma das vozes sonantes da Emissora Nacional, Paulo-Guilherme terá traduzido essa rebeldia numa independência prematura e na assunção do primeiro nome em vez do apelido paterno na sua assinatura profissional. De resto, toda a sua polivalência profissional ecoa a do pai, cuja narrativa Iratan e Iracema (publicada em 1939) ele chegou adaptar para cinema em 1987. Um certo espírito desafiador e lúdico, uma mundivivência aristocrática e boémia e um aprumo no “bem-fazer” técnico ter-lhe-ão ficado como marcas indeléveis e definidoras.

É esse carácter lúdico da produção gráfica de Paulo-Guilherme que Mário Moura aponta na curta introdução ao volume. A esta liberdade e facilidade no recurso à combinação de texturas, padrões e facturas gráficas juntava-se um conhecimento notório das “modas” contemporâneas, sem contudo haver nele uma tentação de mera reprodução e aplicação desses modelos internacionais ao mercado português. Apesar de ser possível ver em alguns dos trabalhos aqui reproduzidos ecos de um Saul Bass (com quem ele partilhava, aliás, uma estreita ligação ao cinema), de um Alvin Lustig e de outros designers americanos de meados do século XX, ou até, arriscando, de um Eugénio Hirsch, que por essa altura mudava a face do grafismo editorial no Brasil, há em todos eles uma “verve própria”, uma tradução pessoal e livre da modernidade gráfica do seu tempo. Capas como a de Toda a Verdade de Morris West ou de O Grande Gatsby de Scott Fitzgerald são disso testemunho, e onde mais se terá expresso tão bem e de maneira tão económica a ameaça espectral, a brutal inumanidade dos professores do seminário de província de Manhã Submersa de Vergílio Ferreira do que na capa de Paulo-Guilherme? Mas além das capas, este livro oferece-nos provas dessa polivalência, que incluem projectos de design de interiores e arquitectura (foi dele, afinal, um dos espaços marcantes de certa Lisboa “cosmopolita” de há 40 anos, o Apolo 70), sendo as fotos da nova sede do Banco Pinto & Sotto Mayor em 1973 (“encomenda pessoal” de António Champalimaud) uma surpresa inesperada mas bem-vinda e, afinal, lógica num volume cuja atracção se deverá, em grande parte, a um irresistível impulso nostálgico e a um (bom) gosto “retro”.

Faltando, talvez, a este formato mais espaço para entrevistas ou depoimentos escritos que os designers possam ter deixado, ou até bibliografias (no volume dedicado a Victor Palla isso terá sido mais notório), essa falta é compensada com a qualidade da prosa introdutória, como é o caso. Compensadora é, sobretudo, a superior qualidade gráfica destes volumes e a riqueza das imagens seleccionadas. Fruto da teimosia e da paixão de Jorge Silva, um dos designers portugueses de referência internacional, esta colecção é, ao mesmo tempo, uma tábua de salvação e um farol na premente missão de resgate e divulgação de um património visual nacional à mercê das intempéries destes tempos de crise, em que a memória é vítima fácil.

(texto publicado na revista LER de Abril de 2012)

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“Seriam bons se…”

No momento em que preparo para a revista LER uma recensão ao próximo volume da Colecção D da INCM (com direcção editorial de Jorge Silva da Silvadesigners!), um volume dedicado ao polivalente Paulo Guilherme (1932-2010), “arquitecto, cineasta, escritor, pintor, ilustrador, designer de livros, de interiores, de selos, de moedas, dono e decorador de clubes nocturnos”, encontro por acaso numa feira mensal de velharias um exemplar de A Noite que Fora de Natal de Jorge de Sena, publicado pelos Estúdios Cor em 1961. Num formato compacto (19 x 12 cm, 40 páginas), tratou-se de uma edição especial, um “brinde” de Natal oferecido pela editora aos leitores e aos agentes do mercado, coisa que se repetia e se repetiria anualmente até o final da década: pedia-se um conto inédito da gaveta (ou um original escrito ad hoc) a um autor do catálogo da editora e a um ilustrador uns três desenhos (incluindo o da capa). No caso, calhou precisamente a Paulo Guilherme a ilustração deste conto de Jorge de Sena (que publicara já nos Estúdios Cor as Andanças do Demónio em 1960, e incluiria o conto no volume Novas Andanças do Demónio de 1966).

Os três desenhos de Paulo Guilherme que acompanham a plaquete demonstram uma execução essencialmente linear, de traço escorreito e depurado, sem quaisquer notações de meios tons com recurso a hachuras ou qualquer outra forma gráfica. Faltando-lhes talvez a capacidade expressiva e de estilização “económica” no desenho que algumas das suas mais conhecidas capas exibem (as de Manhã Submersa de Vergílio Ferreira, Filhos da Trevas de Morris West ou A Gata de Collette), são, ainda assim, próximas, no estilo minucioso da linha, a algumas capas para livros de Henry Troyat publicados pela Clássica no início da década de 1960 (do mesmo Troyat de quem Paulo Guilherme faria muitas capas, incluindo a de Ruína cuja edição me lembro de ver entre os livros do meu pai nos anos 70). Enfim, nada a apontar, dir-se-ia: um trabalho limpo e profissional. Contudo, na “Nota” relativa ao conto publicada na edição das Novas Andanças (e que consultei na edição conjunta dos dois volumes Antigas e Novas Andanças do Demónio, uma publicação póstuma de 1981 com a chancela do Círculo de Leitores), Jorge de Sena lança dúvidas precisamente sobre a concordância dos desenhos com o texto. Dúvidas legítimas de autor ou marcadas pela inevitável subjectividade a que não escapam nem (ou sobretudo) os autores, ei-las nas palavras de Sena:

Foi publicado pela Editora Estúdios Cor, de Lisboa, como ‘brinde’ de Natal distribuído à crítica, seus clientes e amigos, em Dezembro de 1961, numa plaquete ilustrada com desenhos que seriam bons se estivessem de acordo com o conto” (pág. 233).

Tentando a arriscada posição de advogado de defesa do ilustrador (sobretudo perante o peso e a autoridade de Sena, alguém que, nos seus melhores contos – como por exemplo “Super Flumina Babylonis” destas mesmíssimas Novas Andanças – revelava uma enorme capacidade de “imaginar”, de sugerir imagens, por vezes complexas, através das palavras), proporia à consideração o primeiro dos três desenhos do pequeno livro, concedendo que os outros dois poderão não ser merecedores de uma tarefa tão delicada. O desenho “ilustra” a cena em que Marco Semprónio, numa sala do palácio imperial de Roma, observa um escravo que Nero, velho e caprichoso, acabara de matar por impulso.

Eis o excerto do conto com o qual a imagem terá mais directa ligação:

“O olhar vagueou-lhe do rosto envelhecido do César para o escravo também nu que, em frente deles, pendia, pelos pés, de um varão de ferro, com as pontas dos dedos a roçarem de leve o mármore do pavimento. Mais uma vez Marco Semprónio verificou que um corpo de homem, assim suspenso e exangue, tinha uma beleza estranha que não teria noutras circunstâncias, por belo que fosse. E aquele era-o. […]  Apurando a vista, examinou-o minuciosamente, e deteve os olhos no pequeno golpe no pescoço, de onde, escorrendo em fio pela cabeça acima – sorriu da inversão dos termos que a suspensão impunha — , o sangue pingava escuro para uma bacia de prata entre as mãos pendidas. Um instante apenas, meditou em porque esquecera a bacia, a não a vira quando se sentara, mas às mãos, mais nada. Por certo, as mãos pareciam vivas, e é que estavam ainda vivas. Sentiu um saboroso arrepio, uma saudade antecipada e agradável daquelas mãos que morriam. Suspirou.” (A Noite que Fora de Natal, Estúdios Cor, Lisboa, 1961, p. 15-16)

Tenho de confessar que este desenho de Paulo Guilherme (que aparece na página 17) consegue, para mim pelo menos, traduzir esse misto de admiração “pagã” do corpo, por parte de Marco Semprónio, e da estranheza com que o facto de estar a ver um quase-cadáver mancha essa apreciação da beleza física (a fronteira entre o fim do paganismo – Semprónio começa por ouvir a “notícia” da morte do “Grande Deus Pã” da boca de um marinheiro – e a ascensão do Cristianismo – Saulo de Tarso, depois canonizado como São Paulo, é o velho amigo do cônsul romano que o visita no final do conto – constitui precisamente o contexto histórico e cultural da história). Na relação entre esta imagem e este excerto podemos, aliás, encontrar um eco daquela velha máxima da estética aristotélica segundo a qual a mimesis (a base de todas as actividades ligadas à experiência estética do mundo, através da reprodução ou imitação deste) teria um tal poder de transfiguração que nos permitia apreciar a “beleza” na recriação de coisas que nos causavam repulsa quando experimentadas em primeira mão: ou seja, poderíamos achar “bela” a representação pictórica de um cadáver (ou a representação teatral de um assassinato), ao contrário do que sentiríamos ao vermos realmente um cadáver ou alguém a ser morto.

Eis, então, a minha (quiçá insensata) defesa do ilustrador Paulo Guilherme neste “caso”, com as devidas desculpas aos “senianos” inveterados por considerar que, em pelo menos um dos três desenhos, o autor terá sido expedito demais no duro julgamento que proferiu.

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Memória, aposta e esperança

Um relance da apresentação (não consegui estar a tempo do debate que começou às 15:00 horas) da Colecção D, hoje no MUDE, sobre cujos dois primeiros livros escrevi aqui há mais de um mês. Ainda ouvi Jorge Silva falar da justiça que o projectado livro sobre Paulo Guilherme (d’Eça Leal) representa no que toca à recuperação e memória de um grande designer polivalente. Não posso concordar mais. Foi, aliás, uma pena que ninguém se tenha lembrado de o entrevistar quando morreu Luiz Pacheco, em 2008, e de lhe perguntar como era trabalhar com o Pacheco editor, ele (Paulo Guilherme) que foi o criador do logótipo da Contraponto. Pelo datashow, viam-se os spreads do livro dedicado ao designer (no prelo) e não há duvida de que promete: outro livro-memória ao mesmo nível do dedicado a Victor Palla. Continuo, contudo, com algum receio que esta obrigatória e salvífica missão “recuperadora” da colecção se desvaneça perante a necessidade de mostrar e “vender” portfolios jovens e “no activo” a um mercado internacional: dos 50 nomes que o responsável editorial da mesma indicou como tendo possibilidades de integrar a lista das monografias, quantos são desses designers de há 30, 40, 50 ou mais anos? Quanto ao MUDE, está ainda para me convencer que não é apenas um museu especializado em moda e (algum) design de equipamento: será que a parceria com esta colecção (onde o design gráfico e editorial tem fatia não despicienda) marca o início de exposições de design gráfico e editorial no museu (o mesmo que nem na Experimenta parece ter tido espaço para uma pequena exposição de livros da designer da Penguin Coralie Bickford-Smith)? O título deste post resume, em suma, as linhas orientadoras do que pude ouvir no palco do auditório (na foto, da esquerda para a direita: Duarte Azinheira, responsável pela INCM cujo nome não retive, Bárbara Coutinho pelo MUDE, Jorge Silva e Henrique Cayatte pelo CPD).

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Comparecei, se puderdes

É hoje, é no MUDE, é às 17:30 e é importante. Comparecei pois, se puderdes.

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