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Três Cantos

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A honestidade obriga-me a começar este texto por afirmar que não sou um “cantiano”. Não quer isto dizer que não tenha gostado do que vi e descobri sobre Paulo de Cantos (1892—1979) e os seus livros únicos e inimitáveis, mas, tão simplesmente, que até ter sabido da realização das Jornadas Cantianas em Março de 2012, desconhecia por completo este nome e o trabalho que lhe estava associado. Nem cheguei a conseguir comprar, quando saiu, o livro que lhe dedicou o colectivo Barbara Says, com base nas apresentações feitas nas Jornadas do ano passado e na exposição que as acompanhou.

Pelo que pude ouvir na apresentação feita por António Gomes dos Barbara Says no primeiro dia do evento (Sexta-feira, 16 de Março de 2012), a disseminação dos livros de Paulo de Cantos entre os designers e estudantes de design de Lisboa (cidade natal do senhor Cantos) seguiu os já costumeiros rituais do “culto”: encontrados ao desbarato por esses alfarrabistas ou na Feira da Ladra, admirados pela sua absoluta e impenitente excentricidade gráfica, tipográfica e literária (é notória a “infecção” modernista na  extrema liberdade e facilidade no jogo de palavras, e na fusão entre o visual e o literário, em que pequenos módulos geométricos são usados para compor palavras e em que a composição tipográfica muito criativa imprime ao texto impresso uma carga de energia cinética)  foram sendo mostrados de mão em mão e divulgados de boca a orelha.

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Se essa é a marca do iniciado, então tenho de comunicar que, pelos vistos, me iniciei há dias. Não num dos ainda resistentes alfarrabistas de Lisboa, mas ao Norte, ainda mais a norte da Póvoa de Varzim onde Paulo de Cantos viveu e leccionou; mais rigorosamente, na Feira do Livro de Viana do Castelo, quando, no stand de Rafael Capela, um simpático alfarrabista de Vila Praia de Âncora (“alfarrabista rural”, como ele se define), encontrei nada menos do que três livros escritos, compostos e auto-editados pelo prolífico Paulo de Cantos: um manual de divulgação de Astronomia, Astrarium (1940); Medicina, um livro de divulgação medicinal e “curas brilhantes” (1946) e, talvez o mais curioso, Espírito Artes / Espírito Ciência (1939), um dois-em-um sobre a oposição do conhecimento artístico ao científico.

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Espírito Artes / Espírito Ciência é o mais complexo dos três livros. Essencialmente, trata-se de dois livros num só (virando-se o livro, vemos a capa do segundo, e vice-versa), O verbo habitualmente fecundo do autor está aqui contido a duas curtas introduções, sendo o(s) livros(s) compostos na sua totalidade de citações de inúmeras fontes, das mais eruditas e arcanas aos mais batidos ditados populares. Para além das respectivas divindades protectoras (Minerva e Vénus), as sete partes do lado da Ciência (equivalentes às sete letras da palavra, denotando a obsessão de Cantos pelos acrónimos) e as cinco partes das Artes são ilustradas com representações de figuras históricas: Péricles, D. Dinis, Edison, Lineu, Pedro Nunes, Newton e D. Leonor na primeira; Afonso Domingues, Camões, Grão Vasco, Soares dos Reis e Marcos Portugal, representando cada um a sua “arte”.

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Astrarium é um projecto mais “ortodoxo”, um simples manual de astrofísica e astronáutica, em que as habituais composições gráficas e infográficas de Cantos se conjugam com ilustrações científicas e um número considerável de fotografias. A pièce de résistance é um extra-texto (devidamente protegido por uma fina folha de papel vegetal) com a representação cantiana do sol, que aparece antropomorfizado com boca e olhos sorridentes, e cujo brilho é transmitido pela aplicação directa de uma tinta dourada (particularmente notável quando se usa um flash na fotografia). O conceito é, na sua aparente simplicidade, todo um programa modernista: o do livro como um documentário cinematográfico, “cine em livro”, pronto a ser lido/visto/consultado a qualquer momento (este é, afinal de contas, uma espécie de “livro integrado” avant la lettre – as imagens estão incorporadas no fluxo do texto e articulam-se com ele – antecipando a obsessão com a fusão entre a cadência da paginação do  livro e a montagem de um filme que varreu os designers e as editoras comerciais depois da II Guerra Mundial, fruto também dos desenvolvimentos da impressão offset e da fotocomposição).

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Medicina é o menos “vistoso” dos três livros, ostentando ainda assim na capa duas das marcas de estilo do autor: o acrónimo e a grelha de quadrados que serve de base à composição das suas ilustrações. As badanas reservam duas pequenas surpresas: a oposição dos dois tipos essenciais, o “Chorão” na esquerda (“Pe-d’chumbo, pele-sebenta, peito-pa’dentro, bofes-sem-fôlego”, etc) e o “Pimpão” na direita (“pé-leve, pele-limpa, peitaça-pa’fora, bofes-d’arromba”, etc). Dentro, há ainda alguns detalhes mais genuinamente “cantianos” (como um esquema dos movimentos de um exercício de ginástica elementar), mas creio que o princilpal interesse neste livro está na sua ligação temática com o que será, talvez, o opus magnum de Paulo de Cantos, O Homem Máquina (1930-36?) (a par, certamente, dos Adágios/Maxims de 1946).

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13.08.2013 · 8:26 pm

O espírito e as letras

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Durante três dias em Março passou – discreto, despercebido – por uma Lisboa distraída o homem que mudou a face da edição francesa na segunda metade do século XX. Robert Massin, durante vinte anos o supremo director artístico da Gallimard, criador da colecção Folio, inventor de livros “impossíveis” para Queneau e Ionesco, “amador em tudo” e autodidacta, é ainda, perto dos noventa anos de idade, a personificação do melhor dos anos de ouro da cultura francesa do pós-II Guerra Mundial.*

Franzino mas de movimentos felinos e seguros. Um sorriso algo cansado mas generoso e com uma ponta de ironia, a ironia distanciadora e serena de quem viveu tudo e fez quase tudo e chegou perto dos noventa anos com energia e saúde para o contar. É um homem que sabe passar despercebido, que sabe ouvir para, no momento certo, dar a sua contribuição: conseguimos imaginá-lo num gabinete, ao fundo, a ouvir pacientemente Gaston Gallimard, ou o seu sucessor Claude, a conversar com um Sartre, uma Beauvoir ou uma Yourcenar, e a preparar a sugestão certeira, decisiva. Veio a Lisboa falar da sua obra mais conhecida, a edição de 1965 da Cantatrice Chauve de Ionesco, mas sente-se que estaria com o mesmo à-vontade e a mesma profundidade a falar de qualquer outra coisa.

A esta Lisboa distraída para tudo o que não seja fashion chegou Massin pela mão da Oporto em Lisboa e do colectivo Barbara Says, no contexto das Jornadas Cantianas, uma série de conferências em torno de Paulo de Cantos (1892-1979), um “auto-editor” e compositor de livros “invulgares, idiossincráticos, inclassificáveis”, praticamente desconhecido fora do meio do design gráfico nacional. António Gomes, da organização, referiu como ponto de contacto um “empenho enciclopedista dos dois autores”, para o qual o autodidactismo de ambos (apesar das abissais diferenças em termos de carreira, sucesso ou popularidade) concorre também: Massin foi, afinal, o homem que Roland Barthes (a propósito do primeiro livro daquele, La Lettre et l’Image) felicitou certo dia pela sua falta de estudos académicos, que lhe permitiria manter a frescura na observação e a abertura à transdiciplinaridade e evitar a rigidez intelectual e a “especialização”, e que acabou por admitir, nas suas memórias publicadas em 1995, ser um “amador em tudo”.

“Tudo!” Esta foi precisamente a resposta de Massin quando Gaston Gallimard lhe perguntou, durante um jantar em casa deste em 1958, o que iria ele fazer como novo director artístico. O velho editor teve um sobressalto. Mas foi assim mesmo. Sucedendo nesse cargo a André Malraux (que nos nos 30 tinha-se fugazmente ocupado da composição tipográfica de algumas capas), Massin foi, realmente, o primeiro director de arte em sentido moderno de uma grande editora francesa, e, nos vinte anos que se seguiram, fez tudo na Gallimard (talvez por causa desse sobressalto ao jantar, Massin foi contudo obrigado a assentar o seu trabalho em três linhas directrizes aparentemente paradoxais, senão contraditórias: “manter, restaurar, renovar”).

Chegado a Paris nos últimos dias da ocupação alemã e da guerra, o jovem provinciano (nascido em 1925 perto de Chartres) queria ser jornalista e, se possível, escritor. Desse tempo difícil, em que também foi figurante de cinema, guarda recordações ambíguas, entre o sombrio (“houve dias em que apenas comia um croissant com manteiga e um café com leite”) e o surpreendente, como quando, em 1947, em Copenhaga, um Céline já proscrito em França e vivendo no exílio lhe concedeu uma raridade absoluta: uma entrevista exclusiva na sua morada secreta, em que Massin ficou sentado a ouvir o escritor monologar durante longos minutos, “uma logorreia inesgotável”, enquanto um gato lhe roçava as pernas (Céline é ainda, para Massin, e com Proust, o melhor escritor francês do século XX). Em 1948 entra para o Club Français du Livre para editar o boletim do clube. Observou atentamente tudo o que fazia e recomendava o director artístico, Pierre Faucheux (cuja capa para as Histoires de Prévert o tinha fascinado), foi às gráficas aprender o resto e começou a propor capas e “maquettes”. Com uma série de outros grafistas, todos sob a batuta de Faucheux, Massin fez assim parte do arranque de uma revolução na edição do pós-guerra: os clubes do livro, que proliferavam como cogumelos, vieram dar uma nova imagem ao livro em França,  impondo o conceito de “livro-objecto” e novas práticas de marketing num meio deprimido pela guerra e subjugado ainda pelo racionamento de matérias-primas. Mas em breve Massin estava ao nível do seu mestre e, com a criação de um novo clube em 1952, o Club du Meilleur Livre, ele muda-se e torna-se director artístico deste. (A suposta rivalidade entre os dois tornou-se lendária. Bernard Pivot tentou explorá-la na primeira emissão do seu Ouvrez les Guillemets em 1972, mas sem resultado: Massin e Faucheux deram-se lindamente). Experimentando livremente com todo o tipo de materiais e colaborando intimamente com os autores na criação das edições, Massin torna-se um caso sério e a Gallimard começa a cobiçá-lo ao clube. Na verdade, este era mantido financeiramente pela Gallimard e a Hachette, a distribuidora de ambos, editora e clube, mas a qualidade crescente das edições do clube chegou a obrigar aquela a travar alguns projectos por receio de concorrência, como uma colecção de clássicos que iria rivalizar com a Pléiade. Esse profético jantar em casa do patriarca Gallimard em 1958 apenas oficializou o óbvio interesse da editora em renovar-se através do trabalho de um director artístico. Continuando a trabalhar para o clube e como freelancer até 1961 (chegando até a trabalhar para notórios “adversários” do grande Gaston, como Jean-Jacques Pauvert), Massin foi obrigado a escolher: ou a exclusividade para a Gallimard, ou sair. Ficou.

Tal como o seu amigo Germano Facetti começou a fazer precisamente nessa altura, em Londres, na Penguin, Massin empreendeu uma completa renovação gráfica da editora, criando de raiz a imagem de novas colecções como a Idées e, sobretudo, a Folio em 1972, a sua grande aposta: entrando no território dos paperbacks, dominado até então pela Livres de Poche, a Gallimard tornou-se ubíqua em todo o território francês, dizendo-se desde então que não há uma casa em França que não tenha um exemplar da Folio. Se os livros de capa branca da NRF tinham conseguido garantir a preferência da elite intelectual durante décadas, foram os livrinhos de bolso da Folio que levaram a Gallimard à grande massa de leitores. Outra colecção de que fala com orgulho é a L’Imaginaire. Pelo meio, Massin tinha ainda tempo para projectos especiais, como os Cent mille milliards de poèmes ou os Exercices de Style de Raymond Queneau ou a Cantatrice de Ionesco, edições pelas quais o grafista ficou mundialmente conhecido, manifestando um virtuosismo nas soluções tipográficas e de acabamento que desafiava a credulidade, movido por um constante desejo de experimentar e jogar com as palavras, aproximá-las das imagens e dos sons (a sua proximidade ao núcleo “duro” do grupo Oulipo não era inocente nesta pesquisa). Importante neste desejo de criar “livros-totais”, objectos que apelassem aos sentidos antes de serem lidos, foi também, nesses anos, a descoberta a fundo do Barroco a partir do ensaio de Eugénio d’Ors, bem como de toda a música barroca. Desde aí é defensor de que o livro é, na essência, uma extensão do universo barroco, um pequeno teatro em que todos os elementos constituintes são dispostos numa mise-en-scène: o grafista (ou, usando o anglicismo hoje em voga, o designer) é, pois, o encenador ao serviço do autor. “Graças às lições do barroco”, conclui, “consegui juntar, na minha obra, o sério e o cómico, o clássico e o extravagante, e, sobretudo, o rigor e a fantasia.”

Não tardou até que Massin quisesse e pudesse finalmente sê-lo também: autor. La Lettre et l’Image chega em 1970, fruto de uma longa pesquisa (ainda em curso) sobre as relações entre o mundo das letras e o mundo dos objectos, e da vida íntima e própria das letras no nosso universo funcional e simbólico. Um sucesso imediato, o livro lançou Massin numa carreira de autor que extravasou os limites da sua profissão de grafista, e seguiram-se, até hoje, mais de quarenta títulos publicados (dos quais um terço pela Gallimard), entre romances, crónicas e diários, livros infantis e ensaios (onde se inclui De la Variation, sobre o seu fascínio pelo Barroco). Les Cris de la Ville, de 1978, recolha literária e iconográfica das personagens castiças de uma Paris já então desaparecida, foi um best-seller, quase destronando o rei dos tops da Gallimard, André Malraux. Gaston Gallimard contara-lhe pessoalmente todas as suas recordações de Marcel Proust, de quem o editor fora amigo, e o contágio foi imediato e duradouro: “li a Recherche completa umas sete vezes em trinta ou quarenta anos, sinto-me muito próximo de Proust.” Até o seu gato se chama Charlus. (E gosta de provocar: “em muitas entrevistas, costumo dizer que conheci o Marcel Proust. Quando me olham com espanto, preciso: havia um pastor analfabeto na vila em que nasci que se chamava Marcel Proust.”)

No final dos anos 70 sentiu necessidade de mudar. Propôs a Claude Gallimard (o herdeiro de Gaston) dirigir uma colecção, e, perante a renitência deste, fez constar que queria sair. Foi um choque na editora, e o director chegou a ter reuniões tensas à porta fechada com Massin, tentando dissuadi-lo e chegando mesmo a propô-lo como membro do sacrossanto “comité de leitura”. Em 1979, Massin sai da Gallimard (ainda que, como autor, continue a publicar na editora por mais alguns anos). Remorsos? A confissão é directa: “nunca deixei de ter sonhos com a Gallimard, em que regressava pela manhã para trabalhar. Foi lá que passei os melhores anos da minha vida, e, de certa forma, é o meu paraíso perdido.” Mas o Massin pós-Gallimard foi quase tão prolífico, e acrescentou ao seu vasto currículo a experiência como editor, ao criar a Typographies Expressives, uma associação que visa a promoção e edição de obras que explorem graficamente a relação entre a voz humana (e a música) e a tipografia, e através da qual tem publicado também alguns dos seus textos.

Este homem pequeno e enérgico que – envergando a sua já famosa camisa decorada com um detalhe da Cantatrice – sobe e desce as escadas íngremes do local da conferência, que anda pela baixa e depois em Belém, dos Jerónimos à Torre e de volta, sem se cansar e pedindo apenas uma paragem para tomar uma “bière” e fumar um pouco da cigarrilha que guarda religiosamente, que conheceu e conviveu com todos os actores da cultura literária e artística europeia do último meio século, qua ainda planeia escrever (La Curiosité, uma viagem em torno dos objectos que a sua primeira mulher, já falecida, coleccionou ao longo dos anos), ler (o filme de Raoul Ruiz despertou-lhe o interesse pelos Mistérios de Lisboa de Camilo) e viajar (talvez um regresso a Portugal para ver Mafra ou a arquitectura de Nicolau Nasoni), é um dos raros grafistas ou designers de renome mundial e importância histórica que ficou famoso apenas pelo seu trabalho com os livros. Sobre a possível “morte do livro” já anda a ouvir há muitos anos (“com o McLuhan foi a mesma coisa, toda a gente se pôs a enterrar o livro”), e confessa-se fascinado pelo fenómeno das tablets, que associa a um retorno, através da tecnologia de ponta, às tabuinhas de escrita dos Assírios de há seis mil anos: “sinto que a dupla página do livro e a página única do monitor (já imaginada por Mallarmé em Coup de Dés) acabarão por se unir e caminhar de mãos dadas.”

Agora, no fim da sua vida, reflecte sobre o que o ligou de forma tão íntima e profunda aos livros e às letras. E a explicação pode estar numa memória indelével do seu pai, um escultor e gravador. Certa manhã, tinha ele quatro anos, aquele mostrou-lhe uma placa de pedra na qual tinha traçado as letras do seu nome; depois deu-lhe um martelo e um cinzel para as mãos e disse-lhe: “faz como eu.” Assim, a imitar o pai, aprendeu a gravar o seu próprio nome mesmo antes de o saber escrever. “Ele gravava muitas inscrições lapidares nos cemitérios, aonde eu o acompanhava muitas vezes e onde ficava a vê-lo a escrever as letras antes de as gravar. E no seu ateliê, em casa, via-o a esculpir livros de mármore, abertos e decorados.”

* texto publicado na revista LER (Maio de 2012)

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Massin em Março

Robert Massin (ou apenas Massin, como ficou conhecido) um dos grandes revolucionários do design de livros e da “mise en pages” do século XX, director de arte da Gallimard durante mais de vinte anos, estará em Lisboa para as “Jornadas Cantianas”, um evento em torno dos livros de Paulo de Cantos que decorrerá nos dias 16 e 17 de Março. A organização é da Oporto em Lisboa e as sessões terão lugar nas instalações da associação, perto do miradouro de Santa Catarina (vulgo do Adamastor).

Em baixo, o texto de Germano Facetti sobre Massin publicado na revista Typographica de Herbert Spencer em meados da década de 1960 (e reproduzido no volume The Liberated Page em 1987).

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